Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim!
Hoje resolvi trazer uma postagem um pouco diferente do habitual no blog. Vamos conversar um pouco sobre um"comportamento" incomum em algumas mesas de RPG.
Tenho visto em vários grupos, jogadores e mestres preocupados em não alterar a lore oficial do cenário/universo no qual estão jogando e achei isso curioso, pois afinal, RPG é um jogo de contar histórias e não de replicar as que já foram escritas. Essa é a essência do jogo, a razão principal dele existir.
Mas parece que alguns jogadores não entenderam esse conceito básico.
Pois bem, vamos tentar clarear um pouco as ideias de quem se preocupa com essa atitude que deveria ser a principal razão pela qual optaram por reunir um grupo (ou mesmo, de forma individual), preencher algumas fichas e "meter a cara" dentro de um universo imaginário.
Antes de mais nada, entenda que essa preocupação NÃO deveria existir em sua mesa e se você a tem, sinto dizer, mas você não compreendeu o que é jogar RPG e consequentemente, não está aproveitando o que de melhor o jogo tem pra te oferecer, que é a liberdade de você contar uma história da forma que você quiser, com seus elementos e se divertir muito com isso.
É no RPG que você "corrige" as "injustiças" que você viu no seu anime/série/filme/sejalaoquefor preferido, dando a sua visão da história.
Me lembro que em uma das minhas últimas sessões em que participei como jogador, eu interpretava o Aranha Escarlate cujo grupo era composto também pelo Ciclope e devido a essa combinação incomum, com o decorrer das sessões, meu personagem acabou fazendo parte da Escola para Jovens Super Dotados, ou seja, o Aranha Escarlate se tornou um membro dos X-Men. Algo totalmente fora da lore do universo Marvel, não é mesmo?
Outro exemplo: Aqui no blog tem uma aventura de Dragon Ball chamada "A Morte de Goku", que basicamente reproduz os acontecimentos vistos quando Radditz veio à Terra, procurando por Goku,
porém, fiz uma alteração sutil na lore oficial do anime: inseri uma personagem saiyajin que veio juntamente com o irmão de Goku ao planeta Terra. Somente essa simples alteração me abriu um novo leque de possibilidades para explorar de uma forma totalmente diferente o universo de Dragon Ball. Isso sem falar no background dos personagens jogadores que também se tornaram ótimas fontes para novas aventuras...
Nas primeiras edições de Tormenta, encontrávamos um conteúdo muito legal chamado "Rumores e Boatos" no qual os criadores nos davam opções de como conduzir as campanhas, após determinado acontecimento. Era uma ferramenta muito interessante fornecida para os mestres aproveitarem ainda mais o livro, mas eles foram abolidos das versões mais recentes dos manuais de Tormenta e sabem por que?
Acreditem ou não, na época a redação responsável por Tormenta recebia várias cartas de jogadores perguntando qual seria a opção oficial para o cenário, para que eles usassem em suas mesas!!!
É inacreditável imaginar que vários grupos de rpg ficava esperando pelo acontecimento oficial de Tormenta, para poderem jogar suas partidas.
Sinceramente, qual a graça de jogar toda uma campanha onde sei lá, o objetivo é encontrar os Rubis da Virtude, já sabendo que no final, o Paladino irá se corromper e se tornar uma ameaça para toda Arton? Não seria melhor, simplesmente ler Holy Avenger???
Então, pra finalizar: mestres, não se limitem a apenas replicar o que vocês leram no livro básico do seu cenário preferido, tornando suas aventuras em simples cópias do que provavelmente todo seu grupo já deva estar sabendo. Isso NÃO é RPG.
Espero que tenham gostado dessa postagem e por favor, comentem o que acharam dela, qual sua opinião à respeito desse tema, se concordam com o que foi dito ou não. Até a próxima!!!
